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 ~ as nossas deambulações ~

Não começamos a escrever a saber a que fim vamos chegar.

Às vezes, não atingimos sequer um fim.

Deixamo-nos levar pelo ritmo do fio enleado da nossa mente, esperando que ele adquira um aspeto suficientemente próximo a um novelo.

"Nada no interior do meu corpo tentando matar-me. A morte era, naturalmente, a coisa mais co­mum que pode acontecer, e no fundo eu sa­bia que era assim. Apesar disso, tinha ficado ali à espera de ver o corpo no rio, ignorando os corpos vivos reais à minha volta, como se a morte fosse um maior milagre do que a vida era. Eu era uma pessoa de sangue-frio. Estava demasiado frio para pensar nas coi­sas até ao fim.”

Sally Rooney, in Sr. Salário

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