um "sim" que devia ser "não"
- Beatriz Pereira
- 14 de ago. de 2022
- 1 min de leitura
Atualizado: 16 de ago. de 2022
Rasgo. Esperneio. Grito.
Tirem-me de mim. Tirem-me e queimem-me para eu poder ser verdadeiramente eu. Para ser eu a inventar-me e reinventar-me.
Não. Não é o hábito que vai fazer de mim quem eu quero ser. Não é o hábito que vai fazer desaparecer os pré-conceitos que eu tenho sobre o que vivo. Ele mascara-me e ajuda-me a fingir uma personagem que se encaixe na sociedade. "Sim", digo e marco um jantar. "Mas é claro!", e estudo mais umas horas porque são elas que me vão fazer não apodrecer na rua.
Mas não. Não, não, não. Porquê dizer sim?
(imagem: Mikalojus Povilas Vilutis , Red Dress I, 1974)
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