1Q84, Haruki Murakami
- Beatriz Pereira
- 14 de ago. de 2022
- 2 min de leitura
Vol. I
"E quando uma pessoa dá esse passo e faz uma coisa desse género, é provável que o cenário quotidiano... como hei de eu dizer?... pareça mudado. As coisas à nossa volta podem revelar-se um pouco diferente do que é costume. Eu próprio já passei por essa experiência. Contudo, não se deixe iludir pelas aparências. A realidade é apenas uma."
"Se for possível amar alguém apaixonadamente, mesmo que só uma pessoa, então a vida tem salvação. Ainda que não seja possível reunirmos-nos com tal pessoa."
"Mas, à sua maneira, os sentimentos puros e genuínos são perigosos. Não é fácil um ser humano de carne e osso continuar a viver com tais sentimentos. É por isso que se torna necessário prender os teus à terra... com firmeza, como se prendesses uma âncora a um balão."
"Foi o grande feito de Orwell. Mas, agora, no ano de 1984 autêntico, o Grande Irmão é demasiado famoso e demasiado óbvio. Se o Grande Irmão aparecesse à nossa frente, apontávamos para ele aos gritos: "Cuidado! É o Grande Irmão!". Já não há lugar para um Grande Irmão no mundo dos nossos dias."
Vol. II
"Onde há luz tem de haver sombra, e onde há sombra é forçoso que haja luz. Não existe sombra sem luz, nem luz sem sombra. Num dos seus livros, Karl Jung disse o seguinte acerca da "Sombra": "É tão má quanto nós somos positivos... quanto mais tentamos desesperadamente ser bons, maravilhosos e perfeitos, mais a sombra desenvolve uma clara determinação em ser negra, má e destrutiva... A verdade é que, se tentarmos muito para além das nossas forças, tornamo-nos perfeitos, a Sombra desce ao Inferno e converte-se ao Diabo. Porque, do ponto de vista da Natureza e da verdade, é igualmente pecaminoso o facto de alguém tentar tornar-se superior ou inferior a si próprio."
Vol. III
"Todas as felicidades se parecem umas com as outras; cada dor dói à sua maneira."
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